quinta-feira, 25 de março de 2010

Um desenho pode ser:
o início de uma história,
o princípio de uma paixão,
a imagem que o olho retém antes de dormir ou…
um presente.

Ideias para o Fim-de-Tarde

Os dias têm trazido chuva e os finais de tarde vão-se sucedendo sem notícias do parque. No Centro Cultural de Belém, até dia 18 de Maio de 2010, pode-se ver e tocar na exposição Sem Rede, de Joana Vasconcelos. É uma boa oportunidade para habitar e utilizar o espaço museológico que, normalmente, é avesso ao contacto e ao jogo.
Começa com uma série de collants coloridas a girar e os mais corajosos podem passar por entre elas. Depois de descer as escadas deparamo-nos com a visão de um quarto de brincar aumentado: são bonecos gigantes feitos de tricôt, tecidos e lãs. Não deixem de perguntar de que são feitos, pois ali encontra-se tudo: os fantoches que temos em casa, o Mickey, missangas, flores…e podemos ficar ali encostados, a descansar. Melhor, num destes dias, é possível usar os desperdícios domésticos para criar bonecos.
Depois de passar pelos globos que acendem e apagam e pelo vídeo da piagio, podemos jogar com as nossas imagens reflectidas nos espelhos que cobrem uma pequena casinha paralelipipédica. Se estiverem dois dentro do espaço é mais divertido. Entretanto, aproveitem a música para dançar. A próxima sala é das mais apelativas – um carrossel onde podemos mesmo andar. Daqui, o difícil é sair.
Uma das características da obra de Joana Vasconcelos é o facto de ser imediata – olhamos para uma peça e percebemos os conceitos que a precedem. Acontece na cama e no sofá feitos de comprimidos, nos cães que se partem e no imenso sapato feito de tachos. Aqui, pode-se iniciar a discussão acerca das actuais Gatas Borralheiras…
Se a mulher de burka estiver no chão, esperem que ela suba e assustem-se quando descer; depois passem pela filigrana, toda feita de talheres… e percam-se encontrem-se e voltem-se a perder num imenso labirinto de flores. O último jogo antes do fim.




Um lobo queria persuadir um Porco-Espinho de se desfazer dos seus espinhos dizendo que ficaria muito mais bonito sem eles. “Acredito”, disse o Porco-Espinho, “mas estes espinhos servem para me defender”.
Jovens beldades, vós vos aturdis
De tanto ouvir dizer que seríeis mais belas sendo menos severas,
É verdade, mas sempre é um Lobo que o diz.

«O Lobo e o Porco-Espinho», Charles Perrault



Se tiveres máscaras na tua casa podes fazer-de-conta todos os dias. Inventa pequenas biografias e deixa-te seduzir pelos personagens que vestes e despes.

Uma máscara deve ser: original, bem-disposta e funcional. Por isso fazemos máscaras adaptadas às várias idades, em materiais que respeitam a pele. Se os mais pequenos ainda não gostam de tapar a cara e se arreliam com fatos demasiado complicados, escolham uma máscara fácil de colocar. Quando o objectivo for a sofisticação e o disfarce, optem por fatos completos e faces irreconhecíveis.
Mas, acima de tudo, a máscara deve permitir-te ser o que quiseres – por isso diz-nos qual a tua ideia, fazemos fantasias por encomenda!






É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar, replicou o rei. A autoridade repousa sobre a razão. Se ordenares ao teu povo que ele se lance ao mar, farão todos uma revolução. Eu tenho o direito de exigir obediência porque as minhas ordens são razoáveis.

«O Pequeno Príncipe», Antoine de Sain-Exupéry













A cereja e o morango
Vão dançar o tango

A melancia e a laranja
Vão fazer uma canja

«Os Frutos Loucos», Ana Catarina









Nos dias de sol, escolhe um destes peixinhos para passear pelo parque.
A mãe e o pai empurram, só tens que apreciar a paisagem…



Fazemos adereços e objectos de todas as dimensões

Contacto: Maria, aderecosemgrande@gmail.com